Visita de estudo à Quinta da Reboleda
No dia 14 de novembro, os alunos do 11.° SE1 da Escola Básica e Secundária de Gama Barros, juntamente com as suas professoras Rosário Portugal e Cristina Negra, visitaram a quinta da Reboleda localizada em São João das Lampas, no concelho de Sintra. Esta visita foi organizada no âmbito da disciplina de Geografia A e do Programa Eco-Escolas.
Os alunos e as professoras partiram da escola por volta das 9:00 horas e chegaram à quinta sensivelmente por volta das 10:00 horas. O senhor Bruno, um dos proprietários da quinta, começou por explicar aos alunos como se controla o sistema de rega da estufa e a utilização dos produtos químicos. Esta explicação foi dada dentro de uma cabine onde é necessário recorrer-se à informática para que haja o doseamento correto e o mínimo de produtos químicos utilizados na água de rega. Depois disso, os alunos entraram na estufa de tomates cacho e tomates chucha (com cerca de 10 mil metros quadrados), onde o senhor explicou como era feita a plantação, a rega, o processo de crescimento, a colheita e a venda do produto. Uma das técnicas de rega utilizada é a gota a gota. A colheita é feita por quatro ou cinco pessoas, nos meses de janeiro e de julho. A venda pode ser feita diretamente ao consumidor ou a uma grande superfície como o hipermercado Continente. São utilizados alguns produtos químicos contra as pragas dos tomates. No entanto, a sua utilização é evitada ao máximo, pois podem alterar o sabor e a qualidade do tomate, razão pela qual este agricultor faz uma agricultura integrada, dentro da estufa e recorre às abelhas para o processo de polinização dos tomateiros. Exteriormente, nos seus minifúndios (campos de pequenas dimensões), já pratica uma agricultura biológica (sem recurso aos produtos químicos) para a plantação de batata-doce.
Depois da visita à estufa, os alunos visitaram o armazém onde estão armazenadas as batatas-doces. Lá é possível encontrar três variedades de batata-doce: a de polpa amarela (a mais comum), a de polpa laranja, e a de polpa roxa, com sabores diferentes. Essas batatas são cultivadas em minifúndios, sem a utilização de produtos químicos e apenas utilizando técnicas naturais de crescimento e controlo de pragas das batatas, sendo uma agricultura biológica. No entanto as batatas não têm o selo de agricultura biológica pois, para o ter, é necessário um rigoroso processo de certificação, dificultado pelo excesso de burocracia vigente no nosso país.
Depois disso, os alunos deslocaram-se a um dos minifúndios onde são cultivadas as batatas-doces de variedade amarela, para observarem a técnica utilizada na colheita das batatas. É com a ajuda de uma máquina (inventada pelo próprio agricultor da quinta) atrelada a um trator, que se realiza toda a tarefa de apanha da batata-doce. À medida que o trator circula a uma baixa velocidade, as batatas são arrancadas do solo subindo pelo tapete rolante, para serem colocadas em caixas pelos empregados. É uma técnica eficiente de recolha do produto, melhorando a produtividade e o respetivo custo, pois é utilizada menos mão-de-obra. Os alunos e as professoras agradeceram ao guia pela explicação e chegaram à escola por volta das 12:40 horas.
Através da visita os alunos consolidaram os seus conhecimentos sobre o tema ministrado nas aulas de Geografia A.
Notícia elaborada pelos alunos: Diogo Fevereiro n.º 6, José Zhuo n.º 8 e Ricardo Santos n.º 14, do 11.° SE1
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