Biblioteca da EBS Gama Barros assinala os 50 anos da Revolução de abril
- Categories Notícias
- Date Abril 29, 2024
A Biblioteca Escolar da Escola Básica e Secundária de Gama Barros assinala, uma vez mais, um aniversário da Revolução do 25 de abril de 1974. Desta vez, o título escolhido para a exposição foi “Ama(r) a Liberdade”. Trata-se de uma mensagem clara, sobretudo para todos aqueles e aquelas que, não tendo vivido durante o período da Ditadura, consideram que os valores conquistados em abril de 74 são um dado adquirido e não algo que não pode ser esquecido ou adiado e por que devem continuar, sempre, a lutar.
“Ama(r) a Liberdade” é uma exposição que ilustra a diferença entre o “Antes” e o “Depois” da Revolução de abril, dando a conhecer particularidades do período do Estado Novo como a Ditadura, o poder esmagador da Censura, o controlo opressivo da PIDE, e a Guerra Colonial. Por oposição, apresenta algumas das grandes conquistas de abril – A liberdade, as Eleições Livres, a Democracia, a diversidade de Partidos Políticos, a luta e a conquista de Direitos para as Mulheres. A luta e a conquista dos Direitos para as Mulheres está muito bem ilustrada através da exposição “Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e Outras Lutas”, proveniente do Museu do Aljube, e que estará patente na nossa biblioteca até ao dia 2 de maio, graças a uma parceria com a União das Freguesias de Cacém e São Marcos.
1974 – 2024. Cinco décadas de Democracia. Meio século de mudanças. Mas o que mudou, afinal? A Fundação Francisco Manuel dos Santos dá-nos algumas respostas a esta pergunta. O conjunto de infográficos que integram a nossa exposição apresenta de forma clara e apelativa evidências para meio século de evolução em diversos setores da sociedade.
Mas na exposição “Ama(r) a Liberdade” há, também, um olhar artístico sobre uma revolução que deu voz a poetas, cantores, pintores, ilustradores e muitos outros artistas cuja voz era coartada pela voracidade da censura. Os alunos e as alunas do Ensino Secundário de Artes Visuais cobrem as paredes com cartazes, qual período pós-revolução e colocam os soldados do MFA junto à entrada da Biblioteca abrindo caminho para um mundo novo que começou nesse dia.
E os cravos nos canos das espingardas? Não poderiam ser esquecidos.
Como é que os grandes mestres da pintura os representariam?
A resposta é-nos dada pelas alunas da turma do 11.º ano de Artes Visuais em “(Re)Criações em Cravo”.
“Ama(r) a Liberdade” é o resultado de muitas vontades e de muito empenho e do trabalho de uma equipa que nela participou – alunos, alunas e docentes.
Professora Bibliotecária,
Filomena Lima