“Explora materiais”

O “Explora Materiais” é promovido pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia de Materiais do IST, destinando-se aos estudantes do Ensino Secundário, da área de Ciências e Tecnologia, e tem como objetivo dar a conhecer a abrangência e a versatilidade do curso, através de demonstrações práticas.

As duas turmas de 10.º ano de Ciências e Tecnologias aceitaram o desafio e, no dia 11 de fevereiro, participaram na XXVI edição deste evento, totalmente preparado por alunos da Licenciatura de Engenharia dos Materiais.

A visita iniciou-se com a divulgação do curso e uma pequena apresentação teórica sobre materiais, as classes em que se dividem e o seu ciclo de vida. De seguida, os alunos foram convidados a visitar diversas bancadas onde, por vezes, puderam ajudar a realizar pequenas atividades experimentais e apropriar-se da presença e importância dos diferentes materiais na nossa vida diária e da sua contribuição para a sustentabilidade do Planeta.

Entre outras coisas, observámos:

– os compósitos como: a fibra de carbono, com alta resistência e baixo peso, que é muito utilizada em estruturas de aviões, capacetes, vestuário de proteção, jantes de automóvel e, ainda, em violinos; a fibra de vidro que é altamente flexível, resistente à tração e impacto, leve e não conduz a corrente elétrica, sendo utilizada nos desportos motorizados, permitindo reduzir o peso das estruturas; o Kevlar, muito resistente e flexível é utilizado em equipamentos de proteção, como os coletes à prova de bala, em equipamentos desportivos e aeronáuticos e os compósitos de pó de pedra são utilizados na construção civil para produzir tetos falsos e em decoração para substituir materiais cerâmicos;

– os metais bismuto, o antimónio e germânio, que têm a propriedade excecional de expandir quando congelam, tal como a água. O bismuto é aplicado em medicina, nos cosméticos e em sistemas de deteção e extinção de fogo;

– o Nitinol é uma Liga de Memória de forma. Estes são considerados materiais inteligentes, pois são treinados a adquirir uma dada forma inicial, que pode ser recuperada, após deformação desse material;

– as nanopartículas de ouro, que mudam de cor conforme o tamanho e a forma, e são utilizadas em medicina, na arte, em eletrónica e também em testes de covid;

– a demonstração do efeito Peltier, utilizado em sistemas de refrigeração;

– a demonstração do efeito Meissner, aplicado na levitação dos comboios de alta velocidade;

– arrefecemos borracha, um polímero, em azoto líquido e alterámos as suas propriedades e vimos como a “super esponja”, polímero de poliacrilato de sódio, tem a capacidade de absorver mais de 400 a 800 vezes a sua massa em água e é utilizado em fraldas, pensos higiénicos, revestimentos e esponjas cirúrgicas;

– extraímos a caseína, uma proteína do leite. A partir da caseína, é possível por processo industrial obter um plástico de leite, a galalite;

– a impressão 3D permite fabricar peças com diversos materiais como plástico, resina, metal e até alimentos.

Podem observar a história da nossa visita no mural que os participantes estão a construi, aqui.

Os professores participantes: António Fernandes, Rosário Cardoso, José Pedro Ribeiro e Rodrigo Contente